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Mostrando postagens de outubro, 2018

Fichamento O Novo Capital - Bourdieu

Mecanismos extremamente complexos pelos quais a instituição escolar contribui para reduzir a distribuição do capital cultural e assim, a estrutura do espaço social. A reprodução da estrutura de distribuição do capital cultural se dá na relação entre as estratégias das famílias e a lógica especifica da instituição escolar. As famílias são corpos animados por uma tendência a perpetuar seu ser social, com todos os poderes e privilégios, e assim, é a base das estratégias de reprodução, de fecundidade, de herança, econômicas e educativas. Investe-se mais tempo na instituição escolar quanto mais importante for seu capital cultural e quanto maior for o peso relativo de seu capital econômico. Pensar o capital cultural nos faz compreender o interesse crescente que as famílias privilegiadas e, entre elas, as famílias de intelectuais, de professores ou de membros de profissões liberais dedicam a educação. Ele nos permite compreender também que as mais altas instituições escolares seja

fichamento Espaço Social e Espaço Simbólico - Bourdieu

As noções de espaço social, de espaço simbólico ou de classe social não são, nunca, examinadas em si mesmas; são utilizadas e postas à prova em uma pesquisa inseparavelmente teórica e empírica que a proposito de um objeto bem situado no espaço e no tempo. Não podemos capturar a lógica mais profunda do mundo social a não ser submergindo na particularidade de uma realidade empírica, porém, observa-se apenas uma figura em um universo de configurações possíveis. Uma analise do espaço total seria o da história comparada, que se interessa pelo presente, ou da antropologia comparativa, que se interessa por uma determinada região cultural, e cujo objetivo e apanhar o invariante, a estrutura, na variante observada. O pesquisador objetiva apreender estruturas e mecanismos que, ainda que por razões diferentes, escapam tanto ao olhar nativo quanto ao olhar estrangeiro, tais como os princípios de construção de espaço social ou os mecanismos de reprodução desse espaço. O Real é Relacional

Síntese à Critica Social do Julgamento do Gosto de Bourdieu

Títulos e ascendência de nobreza cultural Gosto é a manifestação direta do nível de sensibilidade de um indivíduo a estímulos culturais vividos e adquiridos.   Podendo ser maior ou menor conforme sua posição condição social e nível cultural. A sociologia em sua natureza inquisidora questiona a relação entre gosto e a educação, entre a cultura no sentido de Estado do que é culto e a cultura como ação de tornar culto, o paradoxo segundo o qual a relação com o capital escolar permanece também forte nos campos não abrangidos pelo ensinamento da escola. Objetivar a cultura é entender o porquê que seus agentes a protegem da objetivação.   O Antagonismo entre “intelectuais e “burgueses”. É somente opondo intelectuais e burgueses que se define os interesses genéricos associados ao campo cultural. Objetivo: determinar como a disposição culta da competência cultural adquiridas através da natureza dos bens consumidos e da maneira de consumi-los variam segundo as categorias de agentes

Resenha e fichamento da Introdução ao Livro A Distinção de Bourdieu

Os bens culturais também podem ser avaliados por um prisma econômico, definindo -o como um capital, ou melhor, capital cultural. Ao contrário do senso comum que considera o gosto cultural como um dom da natureza, a observação cientifica demonstra que o gosto por práticas culturais legitimadas socialmente são fruto de sua origem social e/ou de seu nível de instrução.   O gosto classifica indivíduos. A posse ou não desse capital cultural determinará de forma hierárquica a sua posição social. Portando, os gostos culturais adquirem função de marcadores de classe. O gosto distingue classe social através da arte, criando uma dualidade entre o que é belo ou feio, entre a estética pura ou o que é vulgar ou popular. Estética se opõe a ética e aplica essa distinção até mesmo nas decisões mais simples do cotidiano como na alimentação ou vestimenta, mantendo uma barreira entre aqueles que obtiveram acesso à cultura de forma legitima, desde a sua infância no leito de uma família culta e de form

Fichamento O Governo da Colônia - Rodrigo Recupero

• Caio prado Jr como referência (Formação do Brasil Contemporâneo): Administração colonial era uma “monstruosa, emperrada e ineficiente máquina burocrática”; A administração colonial nada ou muito pouco apresenta daquela uniformidade e simetria que estamos hoje habituados; Ausência de estudos aprofundados sobre o tema administração colonial (histórias administrativas); Livro Fiscais e meirinhos de Graça Salgado: buscava compreender a administração colonial, organizando o acervo documental desse período, porem através de uma perspectiva moderna, dificultando a compreensão da época; Muitos documentos anteriores ao século XVII foram perdidos; • Laura de Mello e Souza (Desclassificados do Ouro) Caio Prado Jr destaca a irracionalidade do sistema administrativo enquanto Raymundo Faoro destaca o oposto, a racionalidade em transferir a ordem estamental portuguesa para a colônia; • Argumento Principal do Recupero aqui (A Formação da Elite Colonial): Relação entre a formação d

Fichamento Negros da Terra John Monteiro

Terra em abundância e a necessidade de escravos; A gênese da escravidão no Brasil: sistema colonial com intuito de produção agrícola e extrativista excedente e gerar riqueza comercial e apropriar se dela; Escravidão na versão paulista: escravidão indígena predominante; Durante o século XVII em São Paulo a escravidão desenvolveu-se pelos mesmos princípios da exploração econômica negra no litoral; A Elaboração de uma Mentalidade Escravista Limites na escravidão indígena: • Resistência dos índios do planalto • Oposição persistente dos jesuítas • Posição ambígua da Coroa Colonos com seus meios de produção calçados na escravidão indígena; Século XVI: dizimação da população tupiniquim e o afastamento dos Guaianá e guarulhos; Expulsão dos jesuítas em 1640; Coroa e sua postura inconstante na formulação e execução de sua política indigenista; Destino dos índios “descidos”: • Para os jesuítas estes deveriam ser integrados nos aldeamentos e depois repartidos entre

Fichamento do texto “Sabe Com Quem Está Falando” de Roberto D

Rito do "sabe com quem está falando?": ·          Implica em uma separação radical e autoritária de duas posições sociais real ou teoricamente diferenciadas. ·          Maneira de dirigir-se a um outro popular entre os brasileiros ·          Motivo de orgulho para ninguém - dado a carga considerada antipática e pernóstica da expressão -, fica escondido de nossa imagem como um modo indesejável de ser brasileiro, pois que revelador do nosso formalismo e da nossa maneira velada de demonstração dos mais violentos preconceitos. ·          É a negação do "jeitinho", da "cordialidade" e da "malandragem", esses traços sempre tomados para definir como fez Sérgio Buarque de Holanda (1973). ·          Parece estar mesmo implantada - ao lado do carnaval, do jogo do bicho, do futebol e da malandragem - no nosso coração cultural. ·          Um recurso escuso ou ilegítimo à disposição dos membros da sociedade brasileira. Em outras palavras,